O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta terça-feira (8) que o aumento do custo com geração de energia térmica no país não vai impactar na redução de 20% na conta de luz prometida pelo governo federal a partir de fevereiro.
“[A operação das térmicas] não vai impactar nada. Os 20% [de redução na conta de luz] é estrutural”, disse Zimmermann ao chegar à sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília.
Em entrevista ontem ao Jornal Nacional, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a geração de energia térmica no país – necessária por conta do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas -, vai custar cerca de R$ 400 milhões por mês aos brasileiros e levar a um aumento na conta de luz inferior a 1%.
Assim como Lobão, Zimmermann também negou risco de um novo racionamento de energia no país. Segundo ele, hoje há um “equilíbrio estrutural” no sistema elétrico brasileiro.
“Não tem isso [de racionamento] porque nós temos um equilíbrio estrutural. É bem diferente do que nós tivemos em 2001. Lá tinha problema de falta de usina efetivamente, e falta de linha [de transmissão]. Hoje não tem. Hoje temos um problema conjuntural”, disse Zimmermann.
Reunião
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), formado pela cúpula do governo federal na área de energia, se reúne nesta quarta-feira (9), em Brasília, para discutir o nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas do país.
Representantes do governo admitem que a situação exige atenção, mas negam, por enquanto, qualquer risco de racionamento. Em entrevista no dia 27 de dezembro, a presidente Dilma Rousseff afirmou ser “ridículo” dizer que o Brasil corra risco de falta de energia. Além do baixo nível dos reservatórios, o país enfrentou uma série de blecautes nos últimos meses de 2012 – foram seis a partir de setembro.
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