Peça "Macaquinhos" causou polêmica no ano passado
Confronto moral
Três performances artísticas estão mexendo com a cabeça da galera, tudo por colocar o ânus no centro das atenções. A polêmica começou com “Macaquinhos”, descrita na sinopse como “desbunde, deboche, degredo, ingênuo, vulgar, arcaico, frágil, íntimo e comum, o espetáculo busca construir uma fisicalidade a partir do ânus”.
Criada por um grupo de São Paulo em 2011, foi no ano passado que a peça chamou atenção justamente por não poupar a plateia de detalhes da anatomia dos oito artistas que participam da apresentação. É possível conferir, por exemplo, os atores correndo em círculos enquanto colocam o dedo no orifício anal de seu colega da frente.
“O material que circula na internet é de fragmentos do trabalho que não exprimem a apresentação em si e, desprendidos do seu contexto real, acabam incitando outras interpretações”, defende a companhia, que apresenta o espetáculo em reportagem do jornal Diário do Nordeste.
Já os atores Thiago Camacho e Matheus Fernando Felix devem engrossar a discussão em relação a esse tipo de arte com as apresentações de “Frieza” e “Tomar no Cu”, que se iniciam nesta quarta-feira (25), em São Paulo.
A primeira performance mostra a inclusão de pedras de gelo no ânus dos atores como uma forma de questionar a frieza das relações interpessoais. Já a segunda inclui uma garrafa cheia de vinho, que também tem o mesmo destino das pedras de gelo e pretende mostrar a relação dos cidadãos com o Governo.
“É uma performance de confronto moral, resistência e discussão sobre o ânus como órgão disposto aos poderes públicos, que decidem socialmente e culturalmente como ser utilizado: orifício de expulsão de excrementos”, explicou Camacho ao site Lado A.
Casal de atores coloca espectadores para vê-los introduzindo pedras de gelo e uma garrafa de vinho no ânus
Se você estiver curioso para ver mais fotos destes espetáculos, você pode clicar aqui e aqui - mas, atenção, as imagens são fortes e proibidas para menores de 18 anos, hein?
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Bem, nós aqui no site Folha do Café achamos interessante a ideia de mostrar algo tão comum da anatomia humana como uma forma de arte. Sabemos, entretanto, que isso pode chocar muito gente e por isso queremos saber: você acha que existe algum tipo de limite para apresentações artísticas? Você acha que explorar o ânus é uma forma eficiente de discutir os tabus da sociedade?
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