terça-feira, 16 de outubro de 2012

PF ENCERRA GREVE HOJE(16)



Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal na Bahia, em greve desde o dia sete de agosto, decidiram pelo fim da paralisação da categoria em assembleia estadual na manhã desta segunda-feira (15). A decisão foi aprovada em reunião realizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) na tarde desta segunda. De acordo com o sindicato, os agentes federais irão retornar às atividades na manhã da terça-feira (16).

Nenhuma das reivindicações do movimento foi atendida pelo governo. Os grevistas da Polícia Federal pedem um plano de reestruturação da carreira dos agentes, escrivães e papiloscopistas. O salário inicial dos três cargos é R$ 7,5 mil, o equivalente a 56,2% da remuneração dos delegados, cujo vencimento inicial é de R$ 13,4 mil. Além disso, eles querem também a melhoria nas condições de trabalho.

Em setembro, policiais federais da cidade de Juazeiro, região norte da Bahia, protestaram pela falta de avanço na negociação com governo federal. Durante a manifestação, os trabalhadores queimaram xérox dos diplomas de nível superior.

Operação Padrão
No dia 20 de agosto, os agentes grevistas realizaram uma manifestação na área de embarque do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, na capital baiana. A ação aconteceu por conta de uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que considerou ilegal a operação-padrão, realizada em todo o país.

Na última operação-padrão realizada na capital baiana, os agentes federais prenderam um homem de nacionalidade boliviana por portar cocaína escondida na cueca. A polícia informou que só conseguiu prender o suspeito, por ter utilizado um sistema de escaneamento. A PF informou que esse tipo de aparelho não é utilizado todos os dias devido à falta de efetivo policial suficiente.

Denominada de Operação Blackout, a ação desencandeia uma série de operações-padrão que visam fiscalizar passageiros de voos nacionais e internacionais.

"Apesar de todos sermos de nível superior, só são valorizados os cargos voltados às partes burocráticas. Nós, que trabalhamos na parte operacional, que resulta em apreensões e flagrantes não somos valorizados. Queremos recomposição salarial, porque os agentes especiais chegam a ganhar salários tão distantes como delegados ou perito. Não há sentido em tamanha distância dentro do mesmo órgão, sendo todos policiais de nível superior", explica a presidente do sindicato de polícia federal na Bahia, Rejane Peres.
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