O verão chegou com tudo. E as praias de Salvador são as melhores opções para turistas e soteropolitanos se refrescarem. Diante de um sol escaldante, a preferência dos banhistas e de quem pratica exercícios físicos pela orla é a água de coco, tida como um dos principais alimentos para hidratar e matar a sede, é de grande consumo nesta época do ano.
No entanto, os altos preços nas praias, bares e restaurantes têm assustado os consumidores. Na orla da capital, o preço da água de coco varia entre R$ 2 e R$ 3, apesar de no atacado ele ser comprado por R$ 1,5. Na praia de Piatã, alguns vendedores ambulantes tentam dar golpes em turistas e para algumas pessoas o preço pode chegar a R$ 6. Porém, o mais salgado mesmo, são as jarras de coco vendidas nos restaurantes que podem chegar a R$ 9,00. Ontem pela manhã, o aposentado Paulo Souza, parou em uma barraca de água de coco na Barra e comprou o líquido por R$ 3,00.
“Não achei caro. Acho que o valor cobrado está adequado, se comparado aos preços cobrados nos restaurantes”, disse. O aposentando ainda reforçou que na semana passada esteve em um restaurante e pediu uma jarra de água de coco e pagou R$ 8,00. “Achei que o preço não condiz com a realidade. Mesmo sendo uma jarra, o valor cobrado pesa no bolso do consumidor”, reafirmou.
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte, Gilberto Marquezini, ressaltou que os bares e restaurantes cobram mais caro por conta de todo um gasto com a estrutura.
“Os vendedores de coco das praias não têm tantos gastos quanto nos bares e restaurantes que pagam segurança, mão de obra e proporcionam todo um conforto no ambiente para o cliente. Cada estabelecimento cobra o seu preço e não existe uma fiscalização para isso”, explicou Gilberto.
No atacado por R$ 1,5
Quem compra o coco no atacado - diretamente dos caminhões que trazem de cidades do interior do Estado - reclamam que houve aumento e que os comerciantes ainda permanecem com preços antigos por causa das reclamações dos clientes.
A comerciante Isa Souza trabalha vendendo coco há cinco anos e disse que comprava a unidade de R$ 0,8 a R$1, mas, este ano, ela está comprando de R$ 1.5. “Fui obrigada a aumentar o preço. Antes eu vendia de R$ 2, mas agora estou vendendo de R$ 2,5, tentando aumentar para R$ 3, mas os clientes não deixam.
Comprando desse preço, o lucro que tenho é muito pouco, pois já pago R$ 30 com o carreto”, disse Isa, salientando que vende coco em sua residência no bairro do Uruguai.
Nossa equipe de reportagem percorreu várias praias, desde a tradicional Ribeira a praia de Ipitanga. Na praia de Ipitanga, o bancário Hederson Carvalho, tomou um susto ao consumir um coco e depois ouvir o vendedor dizer o preço: R$ 6,00. “Eu disse que não era turista e que sabia o quanto custava um coco”, contou. “Se eu não agisse assim e fosse de fora teria pago o preço inicial que ele anunciou”.


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