quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Na mira da crítica, conheça o que diz a música “Metralhadora” que conquistou o Brasil


Analisando a música Metralhadora da banda Vingadora, percebemos que apesar de ter agradado a muitos, também houve muitas críticas. É incontestável a pobreza das músicas atuais, a maioria atormentam nossos ouvidos, por não possuir qualidade na letra e melodia. Mas temos que admitir, que a maioria dos jovens, não conseguem discernir sobre o que é bom ou ruim nesse aspecto, tudo é modismo, diversão e batidão, o resto não importa. Como diz a massa, “#partiubalada”.

A letra diz, “Paredão zangado”, quer dizer que um forte equipamento de som está tocando em alto volume a música do momento. “Grave tá batendo” refere-se a qualidade do áudio é de alto nível e ressalta a impedância dos alto-falantes. “Médio tá no talo” equilibra a sonorização e destaca a voz da cantora para um alcance superior ao grave. “Corneta tá doendo”, significa que o som tocado está sendo enviado através de um equipamento longo, em uma estrutura arredondada para o mais distante ouvinte. “Pega a Metralhadora e Trá, Trá, Trá” é o disparo da música, extravasando a alegria.

A música analisada de forma positiva é possível encontrar algo de bom, se tratando de um som com a característica da “Metralhadora”, é pura diversão. O carnaval fabricou esse estilo, quem não lembra de um sucesso que só tinha como letra, “A muriçoca, soca”, o grupo Cacimbinha já alcançou mais de 10 milhões de views com o hit. São os chamados sucessos meteóricos, fixa na mente dos foliões, toca em todas as rádios, na TV e nos paredões automotivos.

A líder da banda Vingadora, Tays Reis, 21 anos, natural de Ilhéus e criada em Itabuna, no Sul da Bahia, desde 5 anos, contou com a sorte e o talento em 2016. Só no canal YouTube são mais de 49 milhões de visualizações (até hoje), a música é favorita ao hit do Carnaval de Salvador, é a primeira em sites para baixar músicas, feito extraordinário para uma música lançada em apenas 1 mês. Fenômenos semelhantes ocorrem com milhares de artistas, como, por exemplo, Psy e o sucesso mundial Gangnam Style, hoje com mais de 2 bilhões de visualizações e o vídeo musical de Michel Teló, Ai se eu te pego, hoje com mais de 670 milhões de acessos. Já a última explosão do carnaval de Salvador, Lepo Lepo, do Psirico, chegou a mais de 48 milhões de views (ultrapassado pela Vingadora em 1 mês).

Os hits são assim, fácil de aprender e dançar, se torna um canto em uma só voz, todos os artistas cantam e terminam defendendo se preciso, como foi o caso da musa do Brasil Ivete Sangalo, que em pleno circuíto de Salvador mandou recado. “A música é massa, leve, não tem nada de mais, quem é do mal, não precisa de música para fazer o mal, vamos dançar, Metralhadora minha gente”.

O sucesso também é criticado por famosos, como foi o caso do ator global Osvaldo Mil, de a Regra do Jogo. O quase conterrâneo da Vingadora, disparou. ““A metralhadora é imbecil. Temos uma riqueza musical tão grande e valorizamos cada coisa pobre. Sou da época em que os blocos tinham 4 ou 5 músicas para emplacar. Falta criatividade”.

A banda Vingadora hoje é uma realidade, já fechou contrato com a Sony Music e, segundo a vocalista Tays Reis, já existem sete músicas autorais para o próximo lançamento. É aguardar e descobrir se o sucesso desse ano, será igual a outros que apareceram e desapareceram com a mesma velocidade, ou se irá vingar.

Por: Oziel Aragão:

Repórter da Rádio Difusora Sul da Bahia, estudante de Jornalismo-Unime Itabuna e Editor do Plantão Itabuna.

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