O mar agitado em Regência, distrito de Linhares, no Espírito Santo, tornou-se uma barreira natural e deixou estancada na foz do rio Doce neste domingo (22) a lama vinda do rompimento de uma barragem em Mariana (MG) –a 700 km de distância.
Perto do limite entre rio e mar, peixes cobertos de barro agonizavam, boiando na água barrenta misturada à água limpa e salgada.
A previsão é que a enxurrada de lama que afetou a qualidade da água de municípios ao longo do rio Doce, levando até à suspensão do abastecimento, se espalhe por 9 km da costa capixaba –afetando, por muitos anos, algas, moluscos, crustáceos e peixes.
Embora a chegada dos rejeitos possa provocar impactos no litoral, a permanência deles concentrados por muito tempo no rio Doce, sem margem de escoamento pelo oceano, é vista com preocupação ainda maior pelas autoridades locais, que temem pela degradação acentuada.
O abastecimento de água na cidade capixaba de Colatina, que tem mais de 120 mil habitantes, continuava afetado devido ao avanço da lama.
A Defesa Civil do Espírito Santo prevê que só será possível começar a tratar a água do rio Doce em mais dois dias -com um produto coagulante que decanta a água da lama. A volta do abastecimento demoraria até sexta-feira.
Oito pessoas morreram, 11 estão desaparecidas e ainda há quatro corpos que aguardam identificação depois do rompimento da barragem.
Praia de Regencia, no Espírito Santo, com a água do mar contaminada pela lama toxica
Lama tóxica chega na foz do Rio Doce, na praia de Regencia, e começa a desaguar no mar. Apesar dos esforços em abrir o calado do rio, e abrir uma vala para o rio entrar no mar, o assoreamento e os fortes ventos sul frustraram a operação, fazendo que o mar se tornasse uma barreira nao podendo o rio escoar a lama
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