segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Pesquisa Ibope revela descrença com a classe política



Pesquisa recente do Ibope revela dados importantes do sentimento do povo brasileiro com as suas instituições. A crise de confiança atinge em cheio os partidos políticos, em último lugar, seguido do Congresso Nacional, Presidente da República e Governo federal.

A existência de mais de 30 partidos políticos no país contribui com a política do troca-troca. Praticamente 40 ministérios serve exclusivamente para a transformação do Congresso Nacional em uma grande e poderoso balcão de negócios. A prática política do Brasil precisa e deve mudar. O povo brasileiro está vigilante a exigir uma nova postura da classe política.

Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população. Os dados são levantados deste o ano de 2009 sempre no mês de julho. O ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas que continuam em queda livre

Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado.

Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos.

Mais confiáveis 

O Corpo de Bombeiros, que ocupa a primeira posição desde 2009, segue no topo do ranking e registra a maior evolução na confiança da população, passando de 73 em 2014 para 81 pontos neste ano. O mesmo movimento ocorre com as Igrejas que mantêm a segunda colocação, subindo de 66 para 71 pontos e recuperam o patamar de 2012. A recuperação da confiança nesta instituição se dá independentemente da religião dos entrevistados: entre católicos, de 67 em 2014 para 72 agora; entre evangélicos, de 71 para 78; entre adeptos de outras religiões ou ateus, de 62 para 68.
Na terceira posição estão as Forças Armadas (de 62 para 63), seguidas pelos Meios de Comunicação (de 54 para 59), que interrompem um movimento contínuo de queda que vinha ocorrendo desde o início da medição.

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