Um mutirão de saúde identificou um caso raro em Itapetinga, no sudoeste da Bahia. Dezesseis pessoas da mesma família foram diagnosticadas com catarata congênita.
A doença forma uma espécie de névoa branca no olho e deixa a pessoa com muita dificuldade para enxergar.
Dona Maria conta que dos nove filhos dela, seis tiveram a doença. Segundo a moradora, o problema fez com que a família sofresse preconceito. "Para falar da minha casa, eles não falam os nomes das pessoas. Falam assim: 'Na casa da família do povo cego'", critica.
O mais novo portador da doença é um bebê de 11 meses de vida. Após diagnosticados com catarata congênica, quase toda a família foi submetida a uma cirurgia realizada através do mutirão de atendimento promovido pelo programa Saúde em Movimento.
Ainda usando óculos escuros em razão do procedimento cirúrgico, o pequeno Antônio comemora não ter mais que precisar sentar na frente da classe durante as aulas. "Estudar melhor e não sentar na frente como eu sentava, perto do quadro. Espero que as pessoas não zombem de mim mais", deseja.
O caso da família será estudado por especialistas em São Paulo. "Nós vamos junto com a Universidade Federal de São Paulo e pesquisadores investigar a causa genética dessa doença que resultou na catarata congênita dessa família", afirma o cirurgião Ruy Cunha Filho. (G1 Bahia)
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