sábado, 16 de março de 2013

Dominguinho Em Coma Irreversível

O coma do músico pernambucano Dominguinhos, de 71 anos, é irreversível, segundo informações do Blog Play do jornal “Diário de Pernambuco” divulgadas nesta sexta-feira. De acordo com o blog da jornalista Carolina Santos, a família foi informada no dia 25 de fevereiro que o estado de saúde do sanfoneiro era irreversível. Apenas agora, no entanto, o filho mais velho de primeiro casamento do cantor, Mauro da Silva Moraes, resolveu divulgar a informação em respeito aos fãs. “Quando meu pai ainda estava internado em Recife, um médico disse que ele não ia mais acordar. Não acreditei, outros médicos disseram que ele poderia sair do coma. Ele abria os olhos e ficava todo mundo esperançoso”, lembra Mauro.



“No mês passado, o médico dele no Sírio-Libanês falou que o coma não tinha mais volta. Eu perguntei se ele ia acordar e ele me disse que não, que o quadro do meu pai estava caminhando para um coma vegetativo”, lamentou o filho.

Maior sanfoneiro do Brasil, Dominguinhos é também o apresentador da série O Milagre de Santa Luzia. Nascido em Garanhuns, em Pernambuco, José Domingos de Morais começou sua carreira tocando pandeiro no trio de irmãos Os Três Pinguins, ao lado de Moraes (sanfona) e Valdomiro (malê, uma espécie de zabumba). Nenê (seu apelido na época) tocava com o grupo nas feiras de Garanhuns, e um dia foi ouvido por Luiz Gonzaga, que se encantou com ele e resolveu apadrinhá-lo. Em 1954, Dominguinhos mudou-se para o Rio de Janeiro e radicou-se em Nilópolis; na época, ainda era conhecido por ser o filho do Mestre Chicão, afinador e tocador do instrumento de oito baixos. Ganhou uma sanfona do padrinho Gonzaga e, junto com Miudinho e Borborema, montou o Trio Nordestino.

Em 1967 foi levado a São Paulo por Pedro Sertanejo, onde tocou nas casas de forró e lançou muitos discos pela gravadora Cantagalo. No ano seguinte, formou dupla com Anastácia, com quem fez parcerias de muito sucesso, como ‘Eu só quero um xodó’ e ‘Tenho sede’. Na fase pós-tropicalista, nos anos 70, Dominguinhos tocou com Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elba Ramalho e Maria Bethânia, além de outros importantes nomes da música brasileira. Tem parcerias com Gilberto Gil, Chico Buarque, Nando Cordel e Manduka, só para citar alguns artistas, que são clássicos do nosso cancioneiro. Dominguinhos segue compondo, gravando e fazendo shows com maestria, sempre seguindo os passos do padrinho Luiz Gonzaga, e sendo referência para músicos do Brasil e do mundo. Em sua simplicidade e generosidade, é sem dúvida um dos artistas mais populares do país. Um gênio indiscutível.

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