O corpo do professor Iltomar Rodrigues de Moraes, de 50 anos, que estava desaparecido desde domingo (27), foi encontrado em um matagal próximo à MT-010, no Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá, na madrugada desta quarta-feira (30). O local onde o corpo estava foi descoberto após a prisão de um dos suspeitos do crime. De acordo com a Polícia Civil, o rapaz que foi preso alega ser testemunha do crime, mas que não teve nenhuma participação no assassinato.
"Por enquanto, ele se diz testemunha e nega ter matado a vítima, mas vamos verificar se teve participação ou não no crime. É estranho o fato do outro suspeito tê-lo levado ao local exato onde o corpo foi deixado. Ele pode ter ajudado a levar o corpo", avaliou o investigador Gustavo Rodrigues das Neves, chefe de operações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O suspeito que foi detido disse à polícia que o colega matou o professor com vários golpes de faca e pedradas depois dele ter se recusado a pagar um programa que teria feito com ele. Na data do crime, de acordo com o investigador, a vítima teria comprado duas caixas de cerveja na lanchonete de um conhecido dele e pediu para pagar depois. "Ele [professor] era homossexual e tinha bom relacionamento com as pessoas", contou.
Segundo o policial, além da cerveja, a vítima teria pego uma porção de pasta base de cocaína com um vizinho na data do crime. "Ele falou, conforme as testemunhas, que há algum tempo não mantinha relações sexuais com ninguém e contratou esse rapaz para um programa. Porém, não pagou e o suspeito resolveu matá-lo", afirmou Gustavo.
O corpo do professor vai ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) onde deve ser submetido a exame de necrópsia.
Logo após o desaparecimento, a polícia foi até a casa onde a vítima morava, no bairro Novo Paraíso 2, e encontrou marcas de sangue no local. O carro da vítima foi localizado com um dos vidros quebrados em uma rua do bairro. No veículo, também foi encontrado um aparelho de TV e um micro-ondas.
Familiares da vítima disseram que não iriam se manifestar sobre a morte do professor. Iltomar era professor de Administração, mas atuava como servidor no Arquivo Público de Mato Grosso.
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