domingo, 16 de dezembro de 2012

Mulher morta durante lipo foi convencida por médico a fazer cirurgia, diz família



A motorista Maria Irlene Soares da Silva, de 43 anos, morta na última quinta-feira (13) durante lipoaspiração e colocação de implantes de silicone, teria sido convencida pelo médico a fazer as cirurgias, segundo Maria Alice, irmã dela. Ela foi operada na Clínica Wagner Fiorante, na Vila Nova Conceição, zona sul de São Paulo.

— Fiquei sabendo pela minha sobrinha que o cirurgião ligava quase todo dia para minha irmã, falando que era para ela fazer [a cirurgia], chamando [Maria Irlene] de “minha menina”, dizendo que ela iria ficar mais linda, fazendo a cabeça dela. Ele ficou ligando para convencê-la. Ele prometia que ela iria ficar linda, uma boneca.

De acordo com Maria Alice, apesar de desejar fazer as cirurgias, a motorista chegou a ficar em dúvida se deveria se submeter aos procedimentos. A irmã conta cinco médicos teriam se recusado a operar Maria Irlene, porque ela sofria de hipertensão.

— Disseram que não iriam fazer a cirurgia porque o problema de hipertensão poderia dar complicações. Ela ficou em dúvida devido ao que os outros médicos tinham falado para ela.

Ainda conforme Maria Alice, a irmã teria feito todos os exames pré-operatórios em um único dia.

— Ele convenceu a minha irmã numa sexta-feira. No sábado, ela conseguiu fazer todos os exames, em um único dia, segundo minha sobrinha falou para mim. Eu fiz essa cirurgia também. Só que não fiz os exames em um único dia. Demorou muito tempo. Foi longo o procedimento.

O R7 ligou para a clínica e para o celular da secretária do médico, mas até a publicação desta matéria, não teve retorno. O caso está sendo investigado pelo delegado Paul Henry Verduraz, titular do 15º Distrito Policial.

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