terça-feira, 16 de novembro de 2010

Greve dos policiais militares na Bahia chega ao nono dia sem acordo

Grevistas continuam ocupando a Assembleia Legislativa de Salvador. Governador da Bahia diz que quer devolver paz à população.

Na Bahia, a greve dos policiais chega ao nono dia. Um dos líderes dos grevistas foi preso, mas não houve confrontos. Nesta terça-feira (7), as negociações com o governo do estado fracassaram. O impasse continua.

As tropas do exército continuam cercando o prédio da Assembleia Legislativa, onde estão os policiais grevistas. O exército está no local para que a Polícia Federal possa cumprir os mandados de prisão dos líderes grevistas. O governo da Bahia disse que, agora, aceita que esses líderes permaneçam no estado e não mais em presídios federais. O governador Jaques Wagner aceitou pagar a gratificação da atividade policial, mas em um parcelamento que começaria em novembro até o ano de 2015, mas os grevistas não aceitam. Desde o início do movimento, já foram 285 carros roubados e furtados em Salvador e na Região Metropolitana e 120 assassinatos.

Durante toda a terça-feira (7) o clima foi menos tenso na Assembleia Legislativa. O único tumulto aconteceu quando homens do exército reforçaram o cerco ao prédio. Não houve confronto. O comandante das tropas do exército disse que não há planos de invasão, mas o impasse continua.

O governador Jaques Wagner disse que os representantes das associações dos policiais militares recuaram no fim da reunião. “Queremos devolver a paz à categoria e à população baiana. Sinceramente, tenho uma profunda fé, uma convicção de que eles saberão entender isso e que vão atender ao meu apelo para a conciliação”, disse.

Dois dos doze mandados de prisão foram cumpridos. A Justiça negou o pedido de habeas corpus feito pelo advogado do líder do movimento grevista, Marco Prisco, que continua dentro da Assembleia.

Desde o início da greve, no dia 31 de janeiro, a população se preocupa com a segurança. “Estamos indo para casa justamente porque não está 100% seguro”, contou a servidora pública Clarissa Viana.

Comerciantes e empresários do turismo já calculam os prejuízos. “Normalmente nesta época vende-se uma média de 600 acarajés. A gente deve estar vendendo cerca de 200, 300 e olhe lá”, disse a baiana de acarajé Cláudia de Assis.
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